Câncer de pele: atenção aos sinais
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Doença tem alto índice de cura desde que diagnóstico seja precoce. Terapias e cirurgias estão entre tratamentos
O mês de dezembro, marcado pela campanha Dezembro Laranja, é dedicado à conscientização e prevenção do câncer de pele, tipo mais frequente no Brasil e responsável por cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Embora seja uma doença com altas chances de cura quando diagnosticada cedo, especialistas alertam que o reconhecimento dos sinais iniciais ainda é um desafio para parte da população.
A radiação ultravioleta continua sendo o principal agente causador da doença. O dermatologista e especialista em Oncologia Cutânea, Dr. Eduardo H.K. Oliveira, explica que o raio UVA provoca danos diretos à pele, acelerando o envelhecimento, enquanto o UVB pode causar danos diretos ao DNA celular, aumentando o risco de mutações.
Além da exposição solar, fatores como predisposição genética, imunossupressão, histórico de queimaduras e uso de câmaras de bronzeamento artificial influenciam diretamente no surgimento de tumores cutâneos. Outras condições, como inflamações crônicas e cicatrizes antigas, também merecem atenção, especialmente em pessoas com maior vulnerabilidade.
Segundo o especialista, o diagnóstico precoce permanece como o maior aliado da prevenção e do tratamento. Para isso, o Dr. Educardo reforça a importância da regra ABCDE – que orienta a observar assimetria, bordas irregulares, cores variadas, diâmetro e evolução das lesões. Mudanças recentes em pintas, feridas que não cicatrizam em até seis semanas, nódulos de crescimento acelerado e lesões peroladas com vasinhos superficiais também acendem o sinal de alerta.
Quando detectado cedo, o câncer de pele apresenta elevadas taxas de cura, com tratamentos que variam desde cirurgias convencionais até abordagens avançadas, como a Cirurgia Micrográfica de Mohs e terapias sistêmicas, incluindo imunoterapia e terapias-alvo. Para o Dr. Eduardo, no entanto, a prevenção segue como o pilar fundamental na redução de novos casos. Uso diário de protetor solar, roupas adequadas, chapéus e atenção a sintomas suspeitos são medidas simples, mas capazes de salvar vidas. “Informação e vigilância são tão importantes quanto a tecnologia. Diagnóstico precoce e acompanhamento regular fazem toda a diferença”, reforça o especialista.

