terça-feira, julho 22, 2025
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Rodoviária do Plano oferece assistência emocional

Foto: Divulgação

Atendimentos são gratuitos e oferecidos por voluntários treinados em escuta qualificada

Em meio à correria do dia a dia e ao vai e vem apressado de quem transita pela Rodoviária do Plano Piloto, um espaço silencioso e acolhedor surge como ponto de respiro: o “Cantinho do Desabafo”. A ação, promovida pelo Projeto HELP – Não te julgo, te ajudo, oferece apoio emocional gratuito a quem precisa conversar, ser ouvido ou apenas fazer uma pausa para reorganizar os sentimentos antes de seguir viagem. O projeto é sem fins lucrativos e já atua em diversas cidades do Brasil desde 2018, com foco na prevenção de transtornos como depressão, ansiedade e suicídio.

A iniciativa chega ao terminal em parceria com a Concessionária Catedral, que administra o espaço. O atendimento acontece às terças e quintas, das 14h às 17h, em uma tenda montada na plataforma A/B, ao lado da escada rolante. O serviço é prestado por voluntários treinados em escuta qualificada, preparados para lidar com relatos de dor emocional de forma empática e segura. A proposta é simples, mas potente: oferecer acolhimento para que ninguém precise carregar suas angústias sozinho.

“O nosso compromisso é transformar a rodoviária em um espaço mais humano. São mais de 700 mil pessoas passando por aqui todos os dias, muitas em silêncio, carregando dores invisíveis. Queremos abrir espaço para o cuidado e o acolhimento de verdade”, afirma Enrico Capecci, diretor da Concessionária Catedral. A empresa estuda tornar o serviço permanente, de acordo com a demanda e os resultados observados nesta fase inicial.

Além das conversas presenciais, o “Cantinho do Desabafo” também disponibiliza mensagens de superação e cartazes com orientações de apoio emocional. Os voluntários do Projeto HELP são, em sua maioria, pessoas que já enfrentaram desafios relacionados à saúde mental — como depressão, síndrome do pânico, traumas e abusos — e que foram capacitados para transformar suas vivências em escuta ativa e apoio real.

Mais do que um espaço físico, o projeto representa um gesto simbólico e necessário de empatia em um mundo cada vez mais acelerado. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ser ouvido sem julgamentos. E agora, em pleno coração da capital, existe um espaço pronto para isso.