Banco Central dificulta fraudes bancárias

_{Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil}

Novo sistema permitirá acesso de cidadãos a contas e consultas feitas por instituições

O Banco Central (BC) anunciou nesta semana a criação de uma nova ferramenta de segurança que permitirá aos cidadãos bloquearem a abertura de contas bancárias em seus nomes, como forma de prevenir fraudes. A novidade foi oficializada por meio de resolução publicada na segunda-feira (26) e deverá estar disponível para uso da população até 1º de dezembro deste ano.

A funcionalidade estará disponível na página “Meu BC”, onde o usuário poderá informar que não deseja abrir contas — sejam elas correntes, poupança ou de pagamento — em seu nome. A medida vale também para evitar a inclusão indevida de titulares em contas conjuntas ou de responsáveis em contas de pessoas jurídicas. O bloqueio é opcional, gratuito e poderá ser ativado ou desativado a qualquer momento.

Segundo o BC, o sistema mostrará ao usuário um histórico das ativações e desativações feitas, além das consultas realizadas por instituições financeiras. “É uma forma de o cidadão ter mais controle sobre o uso de sua identidade e se proteger de tentativas de fraudes. A medida também aumenta a responsabilidade das instituições na verificação das informações antes da abertura de uma conta”, explica Carla Mendes, especialista em prevenção a fraudes bancárias.

Para muitas pessoas, a novidade é bem-vinda. A aposentada Eliane Souza, de 63 anos, conta que teve problemas no passado por causa de uma conta aberta sem seu conhecimento. “Só descobri quando começaram a chegar cobranças no meu nome. Passei meses tentando resolver. Com esse sistema novo, a gente se sente mais protegida”, afirma. Eliane diz que pretende ativar o bloqueio assim que o serviço estiver disponível.

Com o aumento dos casos de golpes envolvendo dados pessoais, o novo sistema surge como mais uma camada de proteção digital. Ao impedir previamente a abertura de contas sem autorização, o BC busca oferecer mais segurança e tranquilidade à população frente ao uso indevido de informações sensíveis.