Como evitar golpes na Black Friday
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Levantamento aponta o Brasil como país que mais sofre ataques de phishing no mundo
A Black Friday, realizada no último fim de semana de novembro, atrai milhões de consumidores ansiosos por descontos, além de ser um momento estratégico para os varejistas alavancarem suas vendas. Contudo, é também um período de alerta para crimes digitais, especialmente o phishing, um golpe que utiliza links falsos para obter informações sensíveis, como senhas e dados bancários. Manuela Silva, especialista em Direito Digital, explica que os golpistas se passam por instituições confiáveis, como bancos e empresas, para enganar as vítimas.
Além de e-mails fraudulentos, os criminosos têm usado cada vez mais sites e perfis falsos em redes sociais para atrair consumidores. Essas páginas prometem descontos inacreditáveis para induzir cliques ou roubarem informações pessoais. Segundo Manuela, a tática inclui até mesmo a distribuição de malwares por meio de links maliciosos. Dados recentes da Kaspersky mostram que o Brasil lidera o ranking global de ataques de phishing no WhatsApp, enquanto ocupa o quarto lugar em golpes enviados por e-mail.
Entre as principais estratégias dos golpistas estão mensagens com ofertas tentadoras e valores muito abaixo do mercado, geralmente acompanhadas de links suspeitos. É comum que esses golpes circulem em grupos de conversa e mensagens privadas, explorando a pressa e o entusiasmo dos consumidores em aproveitar promoções. A especialista reforça: “Desconfie de preços irreais e jamais forneça códigos ou senhas a desconhecidos”.
Para garantir uma compra segura, é fundamental evitar sites pouco conhecidos ou perfis que só aparecem na Black Friday, sem histórico de interações confiáveis. Aposte em lojas com boa reputação e use recursos como o Pix com segurança, sem fornecer informações pessoais para terceiros. Assim, você aproveita as ofertas sem cair em armadilhas digitais.
Como funciona o phishing?
* E-mails ou mensagens falsas: os golpistas enviam e-mails, mensagens de texto ou links maliciosos que parecem legítimos.
* Links fraudulentos: esses e-mails ou mensagens contêm links que direcionam a vítimapara sites falsos que imitam páginas reais.
* Captura de informações: quando a vítima insere seus dados nesses sites, os criminosos os capturam para usá-los de forma indevida.