terça-feira, novembro 12, 2024
Cidades

Escorpiões assustam moradores do DF

A quantidade de escorpiões quem tem aparecido nas cidades tem assustado moradores. Ceilândia, Samambaia e Taguatinga estão em alerta quanto ao aparecimento dos animais

População de várias partes do Distrito Federal tem denunciado o aumento do aparecimento de escorpiões. Na semana passada, o desespero da comunidade na Ceilândia Sul tomou conta da internet e virou logo um alerta para a população.
O DF Notícias entrou em contato com a Secretaria de Saúde e a Vigilância Sanitária para verificar o que será feito na região e quais as medidas que devem ser adotadas pelos moradores, caso se deparem com os bichos.
De acordo com o relato de moradores nas redes sociais, há muitos da mesma espécie nas quadras de Ceilândia Sul. Segundo Monika Karyne, “o que mais tem na 19 da Sul são escorpiões. Morei por lá e existem muitos”.
Priscila Bispo também comentou que mudou da quadra onde morava por conta dos animais peçonhentos. “Tenho um filho de dois anos de idade e eu morava em uma rua próxima desse local, apareceram mais de 10 na casa”.
A professora Claudia Caetano já foi surpreendida pelos bichos três vezes em sua casa. “Aqui mantemos tudo limpo e vedado, mas mesmo assim, já nos deparamos três vezes com escorpiões. Moro em Taguatinga Centro há quase trinta anos e só agora estamos com esse problema, não sei mais o que fazer”, conta.
Layanne Brito, moradora da Samambaia Norte, conta que o susto de sua irmã foi grande. “Ela estava na área dos fundos de casa quando viu o bicho no canto da parede. O susto e o medo foram grandes, assim como o tamanho do escorpião, já que ela não sabia o que fazer. Nossos vizinhos têm reclamado bastante sobre o aparecimento desses animais”.

Causas e cuidados

“O contato com os escorpiões pode ser aumentado por conta das condições ambientais e das moradias humanas. Por isso, é importante ter certos cuidados. Eliminar fontes de alimentos para os escorpiões como baratas, aranhas, grilos e outros pequenos animais invertebrados. Além disso, evitar queimadas em terrenos baldios, pois desalojam os escorpiões, disse a Secretaria.
Em relação à captura, a Secretaria de Saúde disse que “basta ligar no 160 ou procurar diretamente o Núcleo de Vigilância Ambiental da Cidade. No caso de Ceilândia, a população pode procurar atendimento na QNM 15 módulo D área especial, que fica atrás do Centro Saúde 03, na avenida da Administração”.
Para evitar acidentes, a pasta ressalta que é importante: vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha; reparar rodapés soltos e colocar telas nas janelas; telar as aberturas dos ralos, pias ou tanques; telar aberturas de ventilação de porões e manter assoalhos tapados; manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados e; manter limpos quintais e jardins.
Quem sofrer um acidente por animal peçonhento deve procurar a emergência dos hospitais ou as UPAs. Todas oferecem atendimento de Clínica Médica e estão aptas para receber esse paciente. A notificação dos casos é importante para a fabricação e manutenção de soros contra os diferentes venenos. Como os dados são incluídos no sistema do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde, a atualização facilita a reposição ao longo do ano nas unidades de saúde.
De acordo com o Instituto Butantan, “Os escorpiões estão cada vez mais próximos dos seres humanos e é no verão que eles mais aparecem, e que os acidentes aumentam. Geralmente os escorpiões são encontrados em cemitérios, terrenos baldios, em meio a materiais de construção e entulhos, podendo aparecer dentro das residências tanto em bairros nobres como em periferias – sendo que nestas o número de acidentes costuma ser ainda maior devido a deficiência no saneamento básico”.
O órgão aponta ainda que “uma das causas que aproxima os escorpiões da cidade é o fato de as áreas urbanas abrigarem muitas baratas, que são o alimento preferido desses aracnídeos. Por isso a importância de manter quintais, jardins e demais terrenos limpos e, se possível, sem entulhos. Recomenda-se o fechamento correto dos sacos de lixo, instalação de telas tanto nos ralos de casa como nas janelas e inclusão de sacos de areia nas frestas das portas”.
Para a entidades de pesquisa, “Estão mais expostos os trabalhadores da construção civil, quem trabalha na rua, com esgoto ou movimentando materiais que ficaram parados; bem como crianças, que brincam pelo chão e quintal”.

Como pedir ajuda

O biólogo da Vigilância Ambiental Israel Martins explica o que o morador deve fazer quando encontrar algum animal peçonhento em casa. “Ao identificar esses animais, precisa ligar para o telefone 2017-1344. Os agentes vão se dirigir ao local para fazer a remoção dos animais”, afirmou.
A Saúde conta também com o Centro de Informações Toxicológicas (Ciatox), referência para atendimento a pacientes picados, que funciona 24 horas por dia, com equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros e farmacêuticos. O telefone para contato é 0800 6446774.