Governo federal bate recorde de arrecadação de impostos
Taxas previdenciárias, PIS, Cofins, Imposto de Renda e outros renderam quase R$ 3 trilhões
O governo federal encerrou 2024 com arrecadação recorde de R$ 2,709 trilhões, segundo dados divulgados pela Receita Federal no início desta semana. O montante representa o maior valor já registrado desde o início da série histórica em 1995. Descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), a arrecadação real ficou em R$ 2,653 trilhões, o que corresponde a um crescimento de 9,6% em relação ao ano anterior. Segundo o governo, o aumento foi impulsionado, principalmente, pela expansão da atividade econômica e pela retomada da tributação sobre os combustíveis.
De acordo com a Receita Federal, a arrecadação do PIS/Cofins teve um papel relevante no crescimento da receita tributária, somando R$ 541,7 bilhões – um aumento de 18,6% em relação a 2023. Além disso, a arrecadação do Imposto de Importação e do IPI vinculado às importações apresentou alta de 33,75%, totalizando R$ 109,6 bilhões, reflexo do aumento das alíquotas médias. O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos de capital também registrou crescimento de 13,12%, atingindo R$ 146,5 bilhões.
Outro aspecto determinante para o aumento de arrecadação apresentado pela Receita foi o desempenho econômico positivo do país em 2024. A produção industrial cresceu 3,22%, enquanto as vendas de bens e serviços tiveram alta de 3,97% e 2,9%, respectivamente. O volume de importações, que impacta diretamente o recolhimento de tributos como o Imposto de Importação, aumentou 8,65%. Já a massa salarial teve um crescimento expressivo de 11,78%, favorecendo a arrecadação das contribuições previdenciárias, que somaram R$ 685 bilhões, um acréscimo de 5,34% em relação ao ano anterior.
O Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) arrecadaram juntos R$ 502,7 bilhões, alta de 2,85%. Para o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, os números refletem o fortalecimento da economia e o impacto de medidas tributárias adotadas ao longo do ano.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
