terça-feira, outubro 7, 2025
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Vitamina D no controle da esclerose múltipla

Foto: jcomp/Freepik

Embora benéfica, quantidades da vitamina devem ser acompanhadas por médico

Um estudo realizado por pesquisadores franceses reacendeu a atenção da medicina para um recurso simples, acessível e natural: a vitamina D. A pesquisa demonstrou que a suplementação adequada dessa vitamina pode ajudar a reduzir a atividade inflamatória da esclerose múltipla (EM), doença autoimune que afeta o sistema nervoso central e compromete funções motoras, cognitivas e sensoriais. Os dados reforçam a importância de manter níveis adequados de vitamina D como parte do cuidado com a saúde neurológica.

A esclerose múltipla acontece quando o sistema imunológico ataca a mielina, uma espécie de “capa protetora” dos neurônios, dificultando a comunicação entre as células nervosas. Isso causa sintomas como formigamentos, fraqueza, visão turva, alterações cognitivas e dificuldades de locomoção. Segundo o médico Ronan Araujo, trata-se de uma condição crônica, imprevisível e que pode evoluir silenciosamente, impactando diretamente a qualidade de vida dos pacientes. “É uma doença imprevisível, com períodos de crise e remissão, que pode comprometer bastante a qualidade, explica o médico.

A vitamina D, produzida naturalmente pelo corpo com a exposição ao sol, atua no fortalecimento dos ossos, na regulação hormonal e, especialmente, na modulação do sistema imunológico. O estudo francês mostrou que pacientes com EM que receberam suplementação apresentaram menos surtos da doença e melhora no bem-estar geral. A explicação está na ação da vitamina como reguladora da resposta inflamatória, impedindo que o corpo continue atacando a si mesmo.

Apesar dos benefícios, o uso terapêutico da vitamina D deve ser feito com acompanhamento médico. Doses elevadas exigem exames e monitoramento, já que o excesso pode causar problemas renais e outros efeitos adversos. “A suplementação precisa ser individualizada. Às vezes, a solução está no equilíbrio do corpo, não em medicamentos novos”, reforça o Dr. Ronan. A orientação é clara: se há histórico familiar ou diagnóstico de esclerose múltipla, procure um profissional e avalie a possibilidade de incluir a vitamina D no seu plano de cuidados.