domingo, agosto 17, 2025
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DF reforça campanha nacional de coleta de DNA

Foto: Pedro Ventura/Agênciaæ Brasília

Campanha segue até o dia 15 de agosto e reúne amostras de parentes para ampliar identificação em bancos genéticos

Com o objetivo de ampliar a identificação de pessoas desaparecidas em todo o país, teve início na terça-feira (5) a Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). No Distrito Federal, a coleta é realizada pela Polícia Civil (PCDF), por meio do Instituto de Identificação de Pesquisa e DNA Forense (IPDNA), localizado no Complexo da corporação.

A iniciativa faz parte da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas e se estende até o dia 15 de agosto. A proposta é reunir material genético de parentes próximos das pessoas desaparecidas para alimentar os bancos de perfis genéticos nacional e distrital, aumentando as chances de localização e identificação. As coletas acontecem diariamente, das 9h às 18h, e devem ser agendadas preferencialmente pelas delegacias ou pelos canais diretos do IPDNA.

Segundo o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, a participação da capital federal reforça o compromisso com as famílias que vivem a dor da ausência. “Cada perfil genético coletado representa uma chance real de oferecer respostas. É um esforço conjunto entre ciência, tecnologia e sensibilidade humana, que mostra a importância da integração entre o DF e o esforço nacional para garantir dignidade e justiça a essas famílias”, destacou.

Para doar, são indicados parentes de primeiro grau, como pai, mãe, filhos e irmãos biológicos da pessoa desaparecida. Os familiares devem apresentar documentos pessoais, registro da ocorrência policial e, se possível, objetos de uso exclusivo do desaparecido, como escova de dentes ou cordão umbilical. A coleta é simples, feita com um cotonete passado na mucosa bucal ou, eventualmente, com uma gota de sangue do dedo. Todo o processo é gratuito e respeita protocolos de segurança e privacidade.

As amostras obtidas são processadas pelos peritos do IPDNA e os perfis genéticos resultantes são cruzados com dados existentes nos bancos locais e nacionais. Caso haja correspondência com uma pessoa viva ou falecida, a família será oficialmente informada. Se não houver identificação imediata, os dados permanecem ativos no sistema e são comparados automaticamente a cada nova atualização.

Referência nacional na política de busca de desaparecidos, o DF já alcançou 98% de localização de casos, conforme o Anuário de Segurança Pública do DF. A atuação integrada entre Polícia Civil, órgãos técnicos e programas como o Sinal de Busca Imediata e a Rede de Atenção Humanizada tem sido fundamental nesse processo. “Cada minuto conta, e nossas estratégias têm garantido resultados concretos”, ressaltou JasielFernandes, subsecretário de Integração de Políticas Públicas de Segurança.