Avaliações serão mais inclusivas no DF
Foto: Felipe Noronha/SEE-DF
Grupo de trabalho será responsável pela construção de diretrizes metodológicas e logísticas para as avaliações
A Secretaria de Educação do Distrito Federal criou um grupo de trabalho para elaborar indicadores específicos de avaliação da educação especial e desenvolver o Manual de Provas Acessíveis, conforme a Portaria nº 789, publicada em junho de 2025. A proposta é garantir equidade no processo avaliativo de estudantes com deficiência na rede pública, com foco na aplicação da ProvaDF, que integra o Sistema Permanente de Avaliação Educacional do DF (SipaeDF). A diretora de Avaliação Educacional, Luzineide Ribeiro, destaca a importância de construir instrumentos alinhados aos princípios da educação inclusiva.
Nos encontros do grupo, serão mapeadas as necessidades educacionais do público-alvo da educação especial, com levantamento de barreiras, propostas de adequações e definição de diretrizes metodológicas e logísticas para as avaliações. O manual contemplará formatos acessíveis, como braille, letras ampliadas e versões digitais, e será validado coletivamente antes de sua publicação. A ação integra o cronograma do SipaeDF 2025 e reforça o compromisso com uma educação pública mais inclusiva e de qualidade no Distrito Federal.
A diretora de Educação Inclusiva e Atendimentos Educacionais Especializados da SEEDF, Dulcinete Alvim, reforça o impacto de dar esse foco à educação especial. “As avaliações acessíveis aos estudantes com deficiência é a democratização da educação para todos, conforme preconiza a Constituição Federal. Essa ação é fundamental para garantir que todos tenham oportunidades equitativas de demonstrar suas habilidades e conhecimentos, contribuindo para a identificação das áreas que precisam de ajustes e de maior intensidade de apoios.”
Ela ainda complementa. “Contudo, haverá a necessidade de qualificação de toda a equipe escolar para que o procedimento esteja de fato alcançando seus objetivos iniciais. A educação especial inclusiva no DF está dando um grande passo em direção ao estabelecido na Lei Brasileira de Inclusão (LBI), que preconiza a adoção de medidas que maximizem o desenvolvimento acadêmico das pessoas com deficiência e com Transtorno do Espectro Autista (TEA)”.