terça-feira, outubro 7, 2025
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Dados desatualizados podem atrapalhar cirurgias

Foto: Divulgação/IgesDF

Contato para realização de procedimentos é feito pela regulação dos hospitais

Pacientes da rede pública de saúde do Distrito Federal que aguardam cirurgias eletivas — aquelas que não exigem atendimento imediato, mas são fundamentais para melhorar a qualidade de vida — devem estar atentos a um detalhe que pode parecer simples, mas faz toda a diferença: a atualização dos dados de contato. A falta dessa informação tem dificultado a convocação para procedimentos, provocando atrasos e até a perda de vagas em hospitais da rede.

No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF), a situação é recorrente. De acordo com o Núcleo de Regulação Cirúrgica, responsável pelos agendamentos, localizar pacientes tem se tornado um desafio. Muitos telefones informados pertencem a terceiros, estão incorretos ou deixaram de existir. “Ligamos para avisar sobre a data da cirurgia e muitas vezes não conseguimos contato. Em alguns casos, o número informado sequer é do paciente”, explica Maria Eduarda Gois, assistente administrativa do setor.

O caminho até a cirurgia eletiva geralmente começa na Unidade Básica de Saúde (UBS), onde o médico faz o encaminhamento após exames e avaliação clínica. A solicitação é registrada no sistema de regulação e, a partir daí, o paciente entra em fila de espera. Quando chega sua vez, a convocação é feita por meio de telefone institucional, com até três tentativas em dias e horários diferentes. Se não há retorno, a vaga pode ser repassada para outra pessoa, comprometendo o tratamento de quem aguardava.

Para evitar contratempos, os pacientes podem atualizar seus dados de duas formas: de forma digital, pelo aplicativo Meu SUS Digital, ou presencialmente, na UBS mais próxima, apresentando documentos como RG, CPF e comprovante de residência. Segundo Maria Eduarda, essa simples providência pode fazer a diferença no tempo de espera. “Sabemos que muitos aguardam ansiosamente pela cirurgia, por isso é fundamental manter o cadastro correto”, reforça.

O chefe do Núcleo de Regulação Cirúrgica, Sérgio Barbosa, lembra que a responsabilidade é compartilhada. De um lado, as equipes trabalham para que os procedimentos sejam realizados no menor tempo possível. Do outro, os pacientes precisam garantir que seus dados estejam sempre atualizados. “Esse cuidado permite que a fila ande com mais eficiência e que ninguém perca a oportunidade de ser atendido”, afirma. A recomendação é clara: quem aguarda cirurgia na rede pública deve revisar com frequência suas informações de contato para não correr o risco de ser chamado e não ser encontrado.