Distritais criticam movimento contra acolhimento de vulneráveis
Foto: Carolina Curi/Agência CLDF
Parlamentares dizem que resistência é um entrave para o desenvolvimento de programas sociais
A instalação de uma casa de acolhimento para mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires, gerou resistência de parte dos moradores e foi tema de debate no plenário da Câmara Legislativa nesta quarta-feira (3). A iniciativa, voltada para vítimas de violência, enfrenta críticas de um grupo da comunidade que se posiciona contra a permanência do espaço.
O deputado Max Maciel (PSOL / foto) condenou a postura dos moradores contrários, chamando de injusta e cruel a mobilização contra o abrigo. Ele destacou que os argumentos utilizados, como a falta de alvará, não se sustentam diante da realidade da própria região. “Não é justo expulsar quem não tem onde morar. O pior foi saber que houve até comemoração pelo fechamento da casa. Isso é falta de amor ao próximo”, afirmou.
Já o deputado Pastor Daniel de Castro (PP) atribuiu a resistência à desinformação, ressaltando que parte dos moradores foi induzida a acreditar que o espaço funcionaria como um albergue. Para ele, interesses políticos locais estariam estimulando o clima de rejeição à unidade, afastando o verdadeiro propósito do acolhimento.
O deputado Fábio Félix (PSOL) apontou que a resistência da comunidade contra a instalação de equipamentos de apoio à comunidade vulnerável é um entreve para o desenvolvimento de programas sociais. Segundo o parlamentar, “essas unidades de acolhimento têm que estar nas cidades. Várias comunidades se mobilizam contra a instalação de casas de acolhimento. As políticas públicas têm que ocorrer nas cidades. Senão, para onde vão jogar as pessoas?”, questionou.