Golpe do IPVA: bandidos usam cobrança para crimes
Foto: Renato Araújo/Agência Brasília
Levantamento aponta que vítimas de golpes perderam, em média, R$2.288
Com a aproximação do período de pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), a atenção dos proprietários de veículos deve ser redobrada para evitar golpes que têm se tornado cada vez mais frequentes. Criminososestão utilizando e-mails, mensagens de texto e redes sociais para enviar comunicações aparentemente oficiais, induzindo as vítimas a realizarem pagamentos ou compartilhar informações pessoais. Essas ações visam tanto o roubo de dados quanto o ganho financeiro ilícito, o que pode causar prejuízos significativos para os contribuintes.
De acordo com o “Relatório de Identidade Digital e Fraude 2024” da Serasa Experian, 32% das fraudes reportadas envolvem pagamentos de boletos falsos ou transações via Pix, sendo esse o segundo tipo mais comum de golpe. Além disso, 57% das vítimas de fraudes relataram perdas financeiras de, em média, R$ 2.288. Além dos prejuízos diretos, os golpistas podem também usar os dados das vítimas para contrair créditos em seus nomes, gerando problemas a longo prazo.
Para evitar cair nesses golpes, é fundamental que os contribuintes adotem algumas práticas de segurança. A verificação da autenticidade dos boletos é uma das principais medidas: é importante confirmar se os dados do beneficiário correspondem aos do órgão oficial responsável pelo IPVA em seu estado. Além disso, não se deve clicar em links suspeitos enviados por e-mail, SMS ou redes sociais, mesmo que pareçam ter origem em instituições como DETRAN ou Senatran. Golpistas frequentemente utilizam sites falsos para roubar informações pessoais e financeiras.
Outra recomendação é desconfiar de ofertas vantajosas, como descontos exagerados ou facilidades no pagamento do IPVA. Garantir que dispositivos, como celulares e computadores, estejam protegidos por senhas fortes também é essencial. Além disso, é importante cadastrar chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos e nunca compartilhar senhas ou códigos de acesso fora dos aplicativos bancários. Em caso de dúvidas sobre cobranças ou transações, a confirmação deve ser feita diretamente com o órgão responsável ou com o banco.
Manter os dados pessoais atualizados e monitorar o CPF regularmente também são medidas importantes para identificar possíveis inconsistências ou tentativas de fraude. Como destaca Caio Rocha, Diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, a conscientização é essencial tanto para os consumidores quanto para as empresas. Combater a ação de golpistas exige um esforço coletivo, que combina educação, tecnologia antifraude e práticas seguras no dia a dia.
