quarta-feira, julho 23, 2025
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Mais restaurantes comunitários no radar do GDF

Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

População aprova serviço oferecido e pede mais unidades nas regiões 

Durante o mês de novembro de 2024, uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), traçou um panorama inédito sobre o uso dos restaurantes comunitários no DF. O levantamento ouviu quase 900 frequentadores e revelou que a maior parte dos usuários é formada por homens pardos, com idades entre 30 e 49 anos, que trabalham por conta própria e têm renda de até um salário mínimo. A maioria utiliza o serviço pelo menos três vezes por semana, motivada principalmente pelo custo acessível, pela proximidade das unidades e pela qualidade das refeições oferecidas.

O estudo também identificou as regiões com maior demanda por novas unidades: Ceilândia aparece no topo, seguida por Taguatinga, Plano Piloto e Arapoanga. A expansão da rede, segundo a Secretaria, será feita com base nesses dados, garantindo que as ações alcancem as áreas de maior necessidade. A secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, destaca que o mapeamento ajuda a aperfeiçoar a gestão das políticas públicas: “Essas informações ampliam nossa capacidade de planejar com foco na população que mais precisa”. 

Para quem depende do serviço, como o autônomo Marcos Ferreira, de 42 anos, que almoça regularmente na unidade de Samambaia, o restaurante é essencial. “A comida é boa e o preço cabe no meu bolso. Com o que ganho, não consigo comer fora todos os dias. Aqui, consigo me alimentar bem sem passar aperto”, conta.

Atualmente, o DF conta com 16 unidades em funcionamento, distribuídas em regiões administrativas estratégicas. Além de garantir alimentação diária a milhares de pessoas, os restaurantes comunitários cumprem um papel social ainda mais amplo: fortalecem a segurança alimentar, apoiam a saúde da população em vulnerabilidade e ajudam a reduzir desigualdades. Com a nova pesquisa em mãos, o governo local pretende avançar na ampliação desse modelo, oferecendo suporte a quem mais precisa, com base em evidências e escuta ativa da população.