SIA ganha Rota de Segurança
Foto: Renato Alves / Agência Brasília
Via alternativa para quem sai do Setor de Inflamáveis rumo à EPTG é finalmente entregue. Demanda era antiga e projeto estava engavetado desde 2009
Medida de segurança reivindicada há anos por empresários, trabalhadores e moradores de áreas próximas ao Setor de Inflamáveis foi entregue nesta quarta-feira (17) pelo governador Ibaneis Rocha. A Rota de Segurança, localizada entre o SIA e a EPTG tem 3,7 km de extensão é estratégica para a mobilidade urbana e segurança da região. Segundo o governo, pista vai beneficiar mais de três mil pessoas que trabalham ou residem nas proximidades.
De acordo com o Governo do Distrito Federal (GDF), foram investidos aproximadamente R$ 12 milhões e foram criados cerca de 400 empregos. Assim, o projeto que estava pronto e engavetado desde 2009 saiu do papel e vai atender a demanda de quem passa ou vive na região.
Para Antônio Carlos, que trabalha no SIA, a pista vai ajudar muito na volta para casa. “Todo dia, no horário de pico para voltar para casa, enfrentamos um trânsito muito pesado, principalmente por conta dos caminhões que saem do Setor de Inflamáveis. Com essa pista, o fluxo tende a melhorar e também vamos nos sentir mais seguros, já que por aqui o armazenamento de materiais inflamáveis e muito grande e só tínhamos duas opções de fuga”, conta.
Para o governador “essa é uma obra que era para ter sido feita há 20 anos e, com o crescimento da região, tornou-se quase que obrigatória essa Rota de Segurança. Estamos beneficiando a comunidade que reside aqui, e de forma segura trazemos esse trabalho para as empresas daqui”, disse Ibaneis Rocha durante a solenidade de inauguração.
A via que liga o Setor de Inflamáveis (localizado no SIA) à marginal da Estrada Parque Taguatinga (EPTG) é composta por duas saídas do Setor de Inflamáveis em continuidade a duas vias já existentes (IN-1 e IN-2), que seguem paralelamente à via férrea até a marginal da EPTG, na altura do Setor Lucio Costa.
Cada faixa de rolamento tem sete metros de largura, além de calçadas e ciclovias. O local também recebeu drenagem, plantio de grama na rotatória e sinalização vertical e horizontal.
Segurança
O governo lembra que a região reúne vários pontos de armazenamento e redistribuição de combustível, o que reforça a necessidade de uma rota alternativa. Além disso, colabora para desafogar o trânsito e facilitar o tráfego dos caminhões.
“É uma área de inflamáveis, então uma área passível de incidentes e acidentes. Era uma demanda antiga que a gente tinha para que existisse uma alternativa para sair desse setor em caso de emergência. Estamos cumprindo o papel e dando a questão de segurança para as empresas e para a população. E também se tornou uma rota alternativa de mobilidade urbana”, afirmou o secretário de Obras, Luciano Carvalho.
De acordo com a Petrobras, mais de oito bilhões de litros de gasolina e diesel são recebidos, armazenados e distribuídos no local, razão pela qual um incêndio poderia acarretar consequências graves para regiões próximas, como Cidade Estrutural, Cidade do Automóvel, Cruzeiro, Octogonal, Lúcio Costa, Guará e Vicente Pires.
“Essa obra foi pensada pela Secretaria de Obras e pela Terracap porque não existia uma rota de fuga para as pessoas em caso de acidentes. Nós juntamos o projeto da secretaria com o investimento da Terracap. Com a integração que existe neste governo conseguimos fazer essa entrega”, acrescentou o presidente da Terracap, Izidio Santos.
Presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logísticas no Distrito Federal (Sindibras), Hélio Camilo Marra elogiou a obra. “Estamos bem no Setor de Transportes Rodoviário de Cargas, uma rota com fluxo grande de caminhões e temos a questão dos combustíveis. Essa rota de fuga criada no governo Ibaneis traz um conforto e segurança muito grande ao setor”.
Desocupação
Em dezembro de 2019, equipes do governo começaram as ações de desocupação da área que daria lugar para a construção da pista. Pacificamente, 57 edificações irregulares foram retiradas da região. As construções deixavam em situação de risco os ocupantes, já que haviam sido construídas muito próximas aos tanques de combustíveis.
De acordo com levantamento da Secretaria de Habitação do DF, a área denominada Setor de Chácara Lúcio Costa é localizada em Zona Urbana Consolidada da Macrozona Urbana e não pertence a nenhum Setor Habitacional de Regularização e nem fazia parte das Estratégias de Regularização Fundiárias, conforme o Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal (PDOT), por isso a desocupação da área para a construção da Rota de Segurança estava dentro dos padrões legais.
Com informações da Agência Brasília