quarta-feira, junho 25, 2025
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Níveis da educação no país seguem em atraso

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Crianças e adolescentes ainda não alcançaram níveis estabelecidos pelo PNE

O acesso à educação no Brasil continuou avançando em 2024, especialmente entre crianças de 6 a 14 anos, grupo que manteve o patamar de universalização com 99,5% de frequência escolar. A taxa é ligeiramente superior à registrada em 2016 (99,2%), quando teve início a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Educação, divulgada nesta sexta-feira (13) pelo IBGE. No entanto, outras faixas etárias não conseguiram alcançar as metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE), em vigor desde 2014.

Entre as crianças de 4 e 5 anos, a taxa de escolarização chegou a 93,4% em 2024 — avanço tímido frente aos 90% registrados em 2016. Já entre os adolescentes de 15 a 17 anos, a presença na escola atingiu o mesmo percentual (93,4%), também abaixo do desejado para a universalização. As oscilações nos dados, influenciadas por fatores como a pandemia, demonstram que o país ainda enfrenta desafios para garantir acesso pleno à educação nos extremos da infância e adolescência.

Um dos maiores entraves está na educação infantil para crianças de até 3 anos. A meta do PNE é que, até o fim de 2024, pelo menos 50% desse público esteja matriculado em creches ou escolas. Porém, o índice atual é de apenas 39,8%. O crescimento nos últimos oito anos foi modesto e, para atingir a meta a tempo, o ritmo de expansão precisaria ser bem mais acelerado. Segundo o IBGE, a maioria das famílias que não matrículacrianças de até 1 ano em creches age por escolha própria: 63,6% dos responsáveis apontam a decisão como pessoal, e não por falta de oferta do serviço.