Acolhimento e transformação no DF
Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília
Número de atendimentos nos Espaços acolher ultrapassa 9 mil
Criados há 21 anos, com o nome de Núcleos de Atendimento à Família e Autores de Violência Doméstica (Nafavd), os Espaços Acolher são fundamentais para o enfrentamento da violência doméstica no Distrito Federal. Com nove unidades distribuídas em regiões estratégicas do DF, o programa, gerido pela Secretaria da Mulher (SMDF), oferece atendimento psicossocial gratuito a autores e vítimas de violência. O projeto é muito importante para ressignificar histórias de dor e promover uma cultura de paz. A ampliação das unidades, com inaugurações recentes em Ceilândia, Sobradinho e Samambaia, reflete o compromisso da atual gestão com a prevenção e combate à violência doméstica.
Os números de atendimentos mostram o impacto crescente da iniciativa. Em 2022, foram realizados 9.604 atendimentos, dos quais 7.152 foram direcionados a autores de violência, reforçando o papel essencial dos Espaços Acolher como únicos equipamentos no DF focados nesse público. De janeiro a outubro deste ano, o programa já registrou 9,5 mil atendimentos em suas unidades de Brazlândia, Gama, Paranoá, entre outras. A vice-governadora do DF, Celina Leão, destacou o significado desses resultados. “O aumento no número de atendimentos nos Espaços Acolher de 2023 para cá mostra a importância dessa iniciativa, que protege as mulheres vítimas de violência e também tem um trabalho fundamental de conscientização dos homens”, disse a vice-governadora.
Com equipes multidisciplinares compostas por psicólogos, assistentes sociais e pedagogos, os espaços atendem tanto demandas espontâneas quanto encaminhamentos judiciais relacionados à Lei Maria da Penha. Giselle Ferreira, secretária da Mulher, enfatiza a importância de envolver os autores no processo de transformação: “Não dá para falar de proteção à mulher sem trabalhar com os homens.” Ao investir no diálogo, reflexão e reeducação, os Espaços Acolher têm sido uma ferramenta poderosa para romper ciclos de violência e construir um futuro mais seguro e igualitário para todos.