segunda-feira, outubro 7, 2024
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Acolhimento para vítimas de violência

Foto: Tony Winston/SESDF

DF conta com 17 centros de especialidade espalhados pelas regiões administrativas

Um ato de violência pode acontecer em segundos ou durar anos. São consequências físicas e psicológicas que podem afetar as vítimas pelo resto da vida. A decisão de denunciar e procurar ajuda é um passo que pede, no mínimo, coragem. 

Por isso, a caminhada entre identificar as agressões e buscar apoio demanda acompanhamento e zelo de profissionais preparados. Atenta a essas sensibilidades, a Secretaria de Saúde (SES) oferece serviços especializados e preparados para acolher e amparar pessoas em situação de violência.

Ao procurar os serviços das 17 unidades do Centro de Especialidade para Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav), a pessoa é acolhida e passa por uma conversa inicial. Esse contato pode ocorrer por uma busca espontânea ou por encaminhamento de outros órgãos, como hospitais e emergências, unidades básicas de saúde (UBSs), delegacias de atendimento à mulher (Deam I e II) e conselhos tutelares.

Acolhimento

No contato inicial, a equipe realiza um trabalho de escuta para entender a situação da paciente e identificar os tipos de cuidados físicos e psíquicos necessários. A partir dessa avaliação, começa o que os profissionais chamam de “primeira fase” do tratamento. Essa etapa consiste em atendimentos individuais agendados, preferencialmente em sessões quinzenais, junto à equipe do Cepav, composta por assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, clínicos gerais e ginecologistas.

Com a evolução do tratamento, os profissionais do centro começam a próxima etapa: reuniões em grupo para os pacientes em atendimento na unidade. Os bate-papos são temáticos e acompanhados de atividades criativas. O objetivo é encorajar a troca de histórias e reforçar o conhecimento sobre os tipos de violência, os canais de denúncia, os direitos da mulher e do cidadão e os locais onde procurar ajuda.

Frente às dificuldades que podem afligir as vítimas e as marcas que a violência deixa como rastro, há preocupação da equipe em realizar uma busca ativa e, assim, garantir que os pacientes compareçam às consultas, participem dos encontros e não deixem o tratamento no meio do caminho. Nesse último caso, são oferecidas alternativas, como remarcação de horários e consultas virtuais.

O tratamento dura, geralmente, de seis meses a um ano, a depender das especificidades de cada paciente, com possibilidade de um período maior, se os profissionais e a vítima acharem necessário.

Confira aqui os locais das unidades do Cepav –  e saiba onde e como buscar ajuda.

*Com informações da Secretaria de Saúde