Paralimpíadas tem dez representantes do DF
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Jogos Paralímpicos em Tóquio tem representantes brasilienses no goaball, atletismo, ciclismo e hipismo
Começaram, nesta terça-feira (24), os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Após 5 anos de espera, atletas paralímpicos do mundo todo têm a chance de conquistar a tão sonhada medalha olímpica.
Nas competições deste ano, o Brasil chega com uma delegação composta por 260 atletas (incluindo atletas sem deficiência como guias, calheiros, goleiros e timoneiro), sendo 164 homens e 96 mulheres, além de comissão técnica, médica e administrativa, totalizando 434 pessoas.
Segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), jamais uma missão brasileira em Jogos Paralímpicos no exterior teve tamanha proporção. Na última edição fora do Brasil, em Londres 2012, o Brasil compareceu com 178 atletas, até então a maior. O número para a capital japonesa só é superado pela participação nos Jogos Rio 2016, já que o Brasil garantiu vagas em todas as modalidades por ser país sede e contou 286 atletas no total, ficando em 8º lugar no ranking de medalhas.
Ainda sobre números de participantes, o Distrito Federal se destaca com dez nomes de atletas que que nasceram ou tiveram sua trajetória esportiva desenvolvida na capital do país.
Desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual, o goaball conquistou quatro esportistas da cidade. O brasiliense Leomon Moreno integra a equipe bicampeã da modalidade com a seleção brasileira, e em solo nacional defende a camisa do Santos Futebol Clube. Já a mineira Katia Silva e a brasiliense Jéssica Gomes treinam juntas no Centro Olímpico e Paralímpico (COP) de São Sebastião. E Ana Gabriely Brito nasceu em Brasília, mas conheceu o goaball no Rio de Janeiro e atualmente está no time do Serviço Social da Indústria (Sesi SP).
A turma do atletismo também estará presente. Beneficiada pelo Bolsa Atleta, programa da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), Rayane Soares participa pela primeira vez de uma edição dos Jogos Paralímpicos. Já Ariosvaldo Fernandes, natural de Campina Grande (PB) e mais conhecido como Parré, e o atleta-guia Wendel de Souza Silva, são mais experientes. Parré está na quarta edição; Wendel na segunda.
Uma das maiores promessas brasilienses nos Jogos Paralímpicos, o campeão mundial nos 50m livre na classe S11 (com deficiência visual), Wendell Belarmino, faz sua estreia. Aclimatado e treinando em Hamamatsu, no Japão, ele corre atrás do prejuízo após ter ficado uma semana parado devido aos protocolos estabelecidos por autoridades orientais. No Brasil, o jovem treina na Instituição Pro Brasil, no Centro de Excelência da Universidade de Brasília (UnB).
Há ainda mais dois representantes em distintas modalidades. Jady Malavazzi, no ciclismo, e Sergio Fróes de Oliva, no hipismo. Ambos contam com a experiência de terem participado de edições anteriores. De Jandaia do Sul (PR), a ciclista integra o Time Para Capital, de Brasília, e treinou, principalmente, nas áreas públicas do Lago Norte. Já Sérgio, do Brasília Country Club, disputa a quarta Paralimpíadas, após passar por seletivas em fevereiro deste ano.
Com a finalização dos Jogos Olímpicos, a secretária de Esporte e Lazer (SEL), Giselle Ferreira, se prepara para acompanhar o desempenho dos esportistas brasileiros no Japão. “Assim, como os atletas olímpicos, os atletas paralímpicos de Brasília podem contar com dois importantes incentivos da Secretaria. O Bolsa Atleta e o Compete Brasília são essenciais para o cotidiano desses esportistas que superaram vários desafios em nome do amor ao esporte”, destaca.
Bolsa Atleta
O programa oferece suporte financeiro para atletas olímpicos e paralímpicos de alto desempenho, que sejam indicados por suas respectivas federações e que apresentem bons resultados em competições. Para participar do programa os esportistas de alto rendimento precisam ter bons resultados em competições nacionais e internacionais de sua modalidade.
A intenção do apoio é garantir condições mínimas para que os atletas e paratletas possam se dedicar aos treinamentos e competições locais, sul-americanas, pan-americanas, mundiais, olímpicas e paralímpicas. A Bolsa Atleta é oferecida pelo período de um ano.
Compete Brasília
O Programa Compete Brasília tem como objetivo incentivar a participação de atletas e paratletas de alto rendimento das mais diversas modalidades em campeonatos nacionais e internacionais, por meio da concessão de transporte aéreo (destinos nacionais e/ou internacionais) e/ou transporte terrestre (destinos nacionais).
Para ter acesso ao benefício o interessado deve apresentar documentação solicitada pela Secretaria de Esportes com prazo máximo de 40 dias antes da data prevista para o início de competição nacional e máximo de 60 dias antes do início de competição internacional.
Com informações da SEL