domingo, abril 28, 2024
Política

Deputado do DF assume maior Frente Parlamentar do Congresso

Foto:Divulgação

Além dele, compõem o grupo o senador Izalci Lucas e a deputada federal, Paula Belmonte. Israel Batista aponta que prioridade da nova diretoria da Frente Parlamentar Mista da Educação é o combate aos efeitos da pandemia

A Frente Parlamentar Mista da Educação é uma das pastas mais importantes dentro do Congresso Nacional. Ela tem grande impacto na construção de políticas públicas e agora está sob o comando do deputado federal Israel Batista (PV-DF), da bancada do Distrito Federal. A Frente seguirá em 2021 com novos nomes já conhecidos no quadradinho como o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) e a deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF). Um dos principais temas a serem debatidos será o impacto da pandemia do novo coronavírus nas escolas, segundo o deputado Israel.
O senador Izalci Lucas será vice-presidente de Educação Superior. Enquanto a deputada Paula Belmonte atuará na coordenação das comissões de Primeira Infância e Educação Infantil e na Especial Covid-19. Já Israel, presidente da Frente, firmou compromisso com a retomada segura das aulas presenciais, sobretudo na rede pública.
O DF Notícias entrou em contato com o deputado Israel para saber sobre sua expectativa a frente dos trabalhos. Ele disse que: “Presidir a Bancada da Educação em meu primeiro mandato na Câmara Federal significa que me mantive fiel ao compromisso que fiz com a população do DF. Afinal, sou um professor, e o que se pode esperar de mim é o comprometimento com a ciência e o conhecimento”, afirma o deputado professor ao ser questionado sobre a representação do DF em uma das maiores frentes do Congresso.
“Atravessamos uma crise grave e silenciosa na educação. É uma situação dramática, com um ano praticamente sem aulas e análises indicando um retrocesso que equivale a 4 anos de déficit de aprendizagem na educação básica e incapacidade de alfabetização de até 70% das nossas crianças. Neste momento, essa é a nossa prioridade”, acredita Israel.
Entre as ações já previstas pelo novo presidente da Frente estão a formação de uma comissão especial para tratar da crise decorrente da covid-19 e volta às aulas com segurança, priorização da vacinação dos profissionais de educação, a derrubada no Congresso Nacional do veto presidencial ao Projeto de Lei nº 3477/2020, que disponibiliza internet gratuita para alunos e professores da rede pública básica inscritos no CadÚnico. E também a aprovação do PL 2949/2020, que dispõe sobre uma estratégia nacional para a retomada do ano letivo.
Criada em abril de 2019, a Frente Parlamentar Mista da Educação é composta por 301 deputados federais e 38 senadores que se reuniram para defender uma educação pública de qualidade para as crianças, jovens e adultos brasileiros. Entre os resultados históricos alcançados pela Frente, estão a aprovação e a inclusão do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) na Constituição.
Palavra de especialista
O DFN procurou especialista em educação para avaliar os trabalhos da Frente nos próximos dias. De acordo com Ivonaldo Campelo, professor universitário, “um levantamento do Unicef aponta que pelo menos 4,8 milhões de crianças e adolescentes em todo o Brasil não têm acesso à internet em casa, enquanto outros milhões têm acesso precário ou convivem com a falta de equipamento. Por isso a Frente terá um árduo e difícil trabalho nos próximos meses dentro da crise que o país está passando. O melhor cenário é trabalhar para que as crianças e jovens retornem às escolas o quanto antes, seguras e protegidas. Sabemos que os membros irão lutar pela internet para todos”, aponta.
A evasão escolar, um problema que já existia antes mesmo dessa crise, será um dos grandes desafios do parlamento e governo nos próximos anos já que poderá apresentar um cenário muito mais grave.
“No período de pandemia, a estratégia de manter o ensino à distância não foi garantida a todos, principalmente aos alunos mais vulneráveis. Diante dessa situação, há o risco de que muitos estudantes não retornem à escola e, com isso, o aprofundamento da desigualdade educacional seja um dos efeitos que pode durar anos para que seja controlado. A Frente certamente debaterá o tema, que é relevante e merece atenção”, afirma Washington Mesquita, especialista em educação.
Falta de estrutura
Segundo dados do Centro de Inovação para a Educação Brasileira, menos de 30% das escolas públicas brasileiras possuem estrutura considerada intermediária, que permitiria o ensino híbrido, ou seja, parte presencial, parte remota. Segundo a entidade, “é preciso garantir pelo menos que as escolas brasileiras tenham estrutura suficiente em 2021 para que o modelo híbrido de ensino possa ser oferecido aos alunos, que precisarão aprender não apenas os conteúdos do ano, mas recuperar conteúdos de 2020 perdidos por conta da pandemia de covid-19”.

Veja quem integra a nova diretoria:

  • Presidência
  • Dep. Prof. Israel (PV-DF)
  • Vice-Presidência da Educação Superior
  • Sen. Izalci Lucas (PSDB-DF)
  • Secretaria-Geral
  • Dep. Luísa Canziani (PTB-PR)
  • Coordenador da Comissão de Governança Federativa
  • Dep. Raul Henry (MDB-PE)
  • Coordenador da Comissão de Financiamento da Educação
  • Dep. Danilo Cabral (PSB-PE)
  • Coordenadores da Comissão de Avaliações Educacionais
  • Dep. Eduardo Bismarck (PDT-CE)
  • Dep. Adriana Ventura (NOVO-SP)
  • Coordenadores da Comissão de Primeira Infância e Educação Infantil;
  • Dep. Paula Belmonte (CIDADANIA-DF)
  • Dep. Pedro Cunha Lima (PSDB-PB)
  • Coordenadores da Comissão de Alfabetização e Ensino Fundamental;
  • Dep. Luizão Goulart (REPUBLICANOS-PR)
  • Coordenadores da Comissão de Ensino Médio e Ensino Técnico e Profissional;
  • Dep. Tabata Amaral (PDT-SP)
  • Dep. Idilvan Alencar (PDT-CE)
  • Coordenadores da Comissão Especial Covid-19
  • Dep. Tabata Amaral (PDT-SP)
  • Dep. Paula Belmonte (CIDADANIA-DF)
  • Dep. Idilvan Alencar (PDT-CE)
  • Dep. Luizão Goulart (REPUBLICANOS-PR)
  • Comissão de Ensino Superior
  • Dep. Tiago Mitraud (NOVO-MG)