quarta-feira, maio 21, 2025
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Projeto oftalmológico é ampliado para todo DF

Foto: André Amendoeira/Ascom SEEDF

Iniciativa vai analisar visão de todos os estudantes da rede pública de ensino 

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em parceria com a Secretaria de Educação, deu início a uma nova etapa do Programa Saúde na Escola (PSE) com o lançamento da metodologia “Em Um Piscar de Olhos”, voltada à saúde ocular dos estudantes da rede pública. A iniciativa, apresentada em Planaltina no último dia 15, pretende beneficiar mais de 56 mil alunos com triagem oftalmológica nas próprias escolas, diagnósticos completos e entrega gratuita de óculos, quando necessário. Um diferencial da metodologia é a ausência de dilatação de pupilas durante os exames e a integração de todas as etapas do SISO (sistema integrado de saúde oftalmológica).

Com foco na inclusão educacional, a ação busca eliminar barreiras que dificultam a aprendizagem de milhares de crianças e adolescentes. Estimativas apontam que cerca de 23% dos casos de evasão escolar no ensino fundamental têm relação com problemas de visão não diagnosticados ou não tratados. A proposta valoriza o atendimento humanizado e o diagnóstico precoce, garantindo mais conforto e rapidez no processo. O criador da metodologia, Leonardo Figueiredo, ressaltou que um terço dos estudantes brasileiros possui alguma dificuldade visual, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o que reforça a urgência da ação.

A presença de autoridades como o secretário-adjunto de Saúde, Valmir Lemos, e a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, reforçou o compromisso do governo com a ampliação do programa. O deputado federal Rafael Prudente também participou do lançamento.

A meta da Secretaria de Educação é levar o “Em Um Piscar de Olhos” para todas as 14 regionais de ensino do DF, abrangendo desde a educação infantil até a modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos). Além dos atendimentos, o programa permitirá a coleta de dados importantes para embasar políticas públicas futuras. “Queremos cuidar da saúde dos estudantes, mas também gerar informações que nos ajudem a melhorar continuamente o sistema educacional”, concluiu a secretária Hélvia Paranaguá.