Alfandega não vende mercadorias, afirma Receita Federal
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Criminosos ofertam produtos supostamente apreendidos pela fiscalização
A grande maioria da população já caiu em algum tipo de golpe ou conhece alguém que tenha sido vítima de armadilha tramada por bandidos. Os criminosos têm utilizado diversas ferramentas para dar maior veracidade às situações, o que acaba envolvendo as vítimas.
Um dos novos golpes registrados pelas autoridades competentes é o da suposta venda de produtos apreendidos pela alfândega. Golpistas anunciam na internet produtos que supostamente teriam sido apreendidos e por isso custam bem abaixo do preço de mercado.
Diante de vários registros de consumidores lesados, a Receita Federal divulgou um alerta sobre golpes que têm sido aplicados via internet. Para conquistar a confiança das vítimas, os criminosos utilizam o nome da Receita e de suas alfândegas em anúncios de vendas de produtos a preços muito abaixo do mercado.
Em nota, o fisco informou que os estelionatários responsáveis por esses golpes de e-commerce usam de anúncios pagos para enganar os consumidores.
No conteúdo de falsas propagandas, os criminosos “usam de forma ilícita o nome das unidades da Receita Federal responsáveis pelas atividades de controle aduaneiro” (as alfândegas), na tentativa de simular veracidade na aplicação do golpe, informa.
A Receita Federal esclarece que nem ela nem as alfândegas comercializam qualquer tipo de mercadoria. “Essas unidades são responsáveis por gerir e executar atividades de controle aduaneiro, de atendimento e orientação ao cidadão e as relativas ao combate aos ilícitos tributários e aduaneiros, inclusive à contrafação, à pirataria, ao tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, ao tráfico internacional de armas de fogo e munições e à lavagem e ocultação de bens, direitos e valores, observadas as competências específicas de outros órgãos”.
A Receita enfatiza que é preciso ficar atento, porque não cabe às alfândegas o comércio de qualquer espécie.