Nome de Tribunal continua sendo usado para golpes
Foto: DFN
Cuidados devem ser redobrados com as tentativas de golpes que utilizam o nome do Tribunal de Justiça do DF, principalmente por quem aderiu ao Juízo 100% Digital
Mesmo com vários alertas e a ações permanentes das autoridades competentes, bandidos continuam aplicando o phishing scam – termo em inglês que se refere à função de “pescar” dados de usuários da internet, que desatentamente respondem mensagens, aparentemente oficiais, e acabam expondo informações sigilosas.
A quantidade de registros desse tipo de golpe continua em alta, o que tem deixando internautas e órgãos públicos em alerta. Um dos nomes que mais tem sido utilizado para a prática desse crime é o do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
Segundo o órgão, foi constatado que criminosos seguem enviando, às potenciais vítimas, e-mails falsos com a logo do TJDFT e nomes de juízes e servidores, com o intuito de praticar ações fraudulentas e obter vantagens.
Os responsáveis pelo phishing criam mensagens falsas que incorporam cores, logotipos, slogans e outras características da identidade da instituição. O motivo é óbvio: fazer o usuário acreditar que aquela entidade está realmente se comunicando com ele.
O especialista Thalisson Souza, analista de sistemas, que explica que “os casos são comuns. É um e-mail do tipo que se passa por aviso de banco, por exemplo, e que tende a orientar o usuário a clicar em um link para atualizar um cadastro. Ao fazê-lo, a pessoa cairá em um site falso, mas bastante parecido ao da instituição bancária. Caso não note que aquela página não é legítima, a vítima fornecerá dados sigilosos, como número de conta corrente e senha de acesso. Esse tipo de fraude é tão comum que, hoje, muitos bancos usam medidas de proteção complementares, como exigir um código extra enviado por SMS ou aplicativo, ou permitir que o usuário acesse a conta apenas de celulares ou computadores cadastrados”.
O especialista aponta que geralmente, os indivíduos quando recebem mensagens deste tipo se perguntam: “como é que o emissor soube que eu sou cliente dessa instituição?” A verdade é que, na maioria absoluta das vezes, ele não sabe! O que o fraudador geralmente faz é trabalhar com tentativas de acerto. A mensagem é disparada para milhares de pessoas de uma só vez porque o emissor sabe que uma parcela significativa delas provavelmente é, de fato, cliente de determinadas empresas.
O fato, é que o Tribunal volta a alertar a população sobre a importância de comunicar as tentativas de golpes ao órgão, por meio de seus canais oficiais de comunicação, bem como a Ouvidoria do TJDFT e o Alô TJ, e nunca ligar em qualquer número que esteja nesses documentos e e-mails, sem a prévia confirmação.
Além disso, o TJDFT orienta que se pesquise na internet os números dos telefones informados nos documentos recebidos. É comum haver registro sobre eles nos sites de reclamação. Verificado que se trata de fraude, o fato deve ser relatado nestes mesmos sites para ajudar outras possíveis vítimas.
Fique de olho
Outro aspecto ressaltado pelo Tribunal é que caso a comunicação recebida oriente a clicar em determinado endereço de internet, que seja observada a extensão das páginas indicadas. Os sites de órgãos públicos oficiais brasileiros têm endereços que terminam em .jus.br (Poder Judiciário), .gov.br (Poder Executivo) e .leg.br (Poder Legislativo).
Entre os golpes aplicados, há também o envio de falsos boletos bancários com cobranças realizadas, supostamente, em nome do TJDFT. Caso o cidadão receba um boleto de cobrança em nome do Tribunal, é importante conferir o endereço indicado e pesquisar na internet sobre os dados bancários existentes. Ao identificar que se trata de golpe, deve ser registrado um boletim de ocorrência junto à autoridade policial, que pode ser de forma eletrônica ou presencial nas delegacias. Esses registros ajudarão nas investigações.
O TJDFT lembra que nos casos de Juízo 100% Digital, todos os atos e comunicações judiciais serão realizadas por meio eletrônico, no endereço ou telefone informados. Em caso de dúvidas, é possível verificar se as comunicações são oriundas da Vara onde o processo está tramitando por meio do Balcão Virtual.
Dicas de proteção
– Observe as características da mensagem (visual, erros ortográficos, links suspeitos, argumentos persuasivos, entre outros);
– Caso tenha dúvidas sobre a legitimidade de uma mensagem, entre em contato com instituição mencionada por telefone ou site oficial para pedir esclarecimentos;
– Use antivírus e atualize seus softwares, especialmente navegadores. Eles podem barrar cliques inadvertidos em arquivos ou links maliciosos;
– Lembre-se que não existe tecnologia que consiga combater de maneira definitiva todos os perigos existentes na internet, por isso, a prevenção continua sendo a arma mais eficaz.