terça-feira, outubro 8, 2024
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Aumenta circulação de viroses com a volta às aulas

Foto: shurkin_son/freepik

HMIB já registrou aumento médio de 80% nas ocupações da pediatria

Vários pais e responsáveis de crianças em idade escolar estão enfrentando alguns contratempos por conta de sintomas causados por viroses que tem se manifestado principalmente nos pequeninos. Dores no corpo, febre, falta de apetite, desinteria, entre outras reações têm afastado crianças das salas de aula nesse começo de ano.

Os pais do Enzo, de quase três anos, contam que foram surpreendidos logo na segunda semana de aula. “Nosso filho entrou na escola no dia 1 º de fevereiro. Os três primeiros dia de adaptação foram mais trabalhosos, mas depois ele já estava entrosado e gostando do ambiente. Quando foi no meio da segunda semana percebemos que ele estava mais molinho e não queria comer. Durante a noite o Enzo apresentou febre e levamos ele ao hospital. Depois dos exames feitos o pediatra disse que ele estava com virose e que nessa fase inicial da escolarização essas transmissões são mais comuns. Graças a Deus não era nada grave”, relata a mãe do garoto, Paula Santos.

A rede pública de saúde é diretamente impactada pelo fenômeno das contaminações por viroses no início do ano letivo. De acordo com a Secretaria de Saúde do DF, somente no Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib), as alas pediátricas registram um aumento médio de 80% de ocupação durante essa época do ano.

A diretora do hospital, Marina da Silveira Araújo, explica que as salas de aula e transportes escolares são ambientes propícios para a contaminação do vírus sincicial respiratório – responsável pela maioria dos casos de infecções respiratórias em bebês. “O VSR se prolifera em ambientes pouco ventilados e com muita gente”.

A médica ainda ressalta que os bebês de até dois anos de idade, prematuros, cardiopatas e portadores de doença pulmonar crônica como asmáticos são considerados grupos de risco. Os idosos também são mais suscetíveis à doença. Os principais sintomas são tosse, congestão nasal, chiado no peito e febre.

O pediatra Henrique Flávio Gomes destaca que os quadros respiratórios podem se desenvolver de maneiras diferentes. “Pode ser um quadro simples com tratamento domiciliar e até um quadro mais grave, como bronquiolite, que é a principal preocupação dos pais e motivo de procura às emergências pediátricas nessa época do ano.”

Prevenção

De acordo com a Secretaria de Saúde, a prevenção está diretamente associada aos cuidados básicos de higiene. É fundamental o uso de álcool em gel nas mãos, lavar com frequência, fazer limpeza das superfícies expostas. Especialistas também recomendam evitar ambientes com aglomerações como shoppings e mercados, principalmente com crianças do grupo de risco.

Marina explica que é importante procurar pelo atendimento correto. Ou seja, buscar auxílio nas unidades básicas de saúde quando os casos forem leves e os hospitais regionais quando o paciente apresentar febre por mais de dois dias, falta de ar, ou a respiração da criança estiver mais rápida do que o de costume.