segunda-feira, outubro 7, 2024
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Música no tratamento de doenças do coração

Foto: Freepik

De acordo com estudos, a música age distraindo o paciente e desviando a atenção do ponto dolorido e diminui a ansiedade

Já dizia o velho ditado: quem canta os seus males espanta, mas o que os cientistas atuais têm descoberto é que quem ouve música também pode se beneficiar. Isto porque as canções são capazes de provocar estímulos em várias partes do corpo. Diversos estudos já comprovam os benefícios para o cérebro, entretanto, é possível que outros órgãos também sejam afetados, dentre eles, o coração.

Recentemente, artigos sobre os efeitos da música no coração vêm sendo amplamente discutidos, trazendo importantes considerações no que diz respeito às reações do sistema cardíaco como um todo. “Ao ouvir música, pacientes com doenças cardiovasculares sentem menos dor e a ansiedade também diminui, junto com a frequência cardíaca”, explica o Dr. Nathan Valle Soubihe Jr., cardiologista do Hcor.

Isso acontece porque as músicas com ritmo lento ou meditativo produzem um efeito relaxante, reduzindo, além das batidas do coração, a pressão arterial. “Por outro lado, o aceleramento da velocidade das pulsações da música (andamento) pode provocar um efeito excitante, aumentando o ritmo da respiração, a pressão arterial e os batimentos cardíacos”, afirma o especialista. 

Segundo os estudos recentes, a música tem efeitos benéficos para pacientes com queixa de dor, pois age como um estímulo em competição, distraindo o paciente e desviando a atenção do ponto dolorido. Para isso, a atuação de um musicoterapeuta junto com um cardiologista é uma alternativa a ser considerada, pois o trabalho integrado ajuda o paciente a suportar o estresse da doença.

“A música diminui a rigidez aórtica, então o fluxo sanguíneo é mais livre. Outro benefício tem a ver com aulas de música, que promovem um impacto profundo na capacidade de aprendizado em geral. Alguns pesquisadores afirmam até mesmo que aulas regulares reduzem a chance de burnouts e melhoram o humor”, pontua o Dr. Nathan. 

O médico relata, ainda, que é possível notar diferença na relação que os pacientes têm com a música. Por exemplo, se for alguma escolhida pela própria pessoa, a chance de relaxamento é muito maior do que uma escolha aleatória feita por outro indivíduo. “Agora, se for uma canção indiferente ou que a pessoa não goste, os sinais vitais vão continuar os mesmos ou acelerar em casos de ansiedade”, reforça.

Agindo no organismo como um todo, além de aliviar os sintomas de diversas doenças, a musicoterapia pode reduzir a necessidade de tomar alguns remédios. Porém, como todo tratamento, o paciente deve ser acompanhado pelo médico, que o orientará sobre as melhores formas de ajuda.