sexta-feira, abril 19, 2024
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Parcerias em prol da educação inovadora

Foto: Mary Leal – SEE-DF

Escolas da rede pública de ensino do DF estão desenvolvendo, juntamente com instituições parceiras, projeto-piloto que tem como objetivo aliar a tecnologia às práticas pedagógicas

O projeto Escolas Inovadoras já selecionou as quatro escolas da rede pública que irão participar das ações: CEF 5 e CEF 11, ambos de Taguatinga, CEF 01 do Planalto e Escola Técnica de Ceilândia. A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria de Educação do Distrito Federal, a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) e Organizações da Sociedade Civil (OSCs). O objetivo é a criação coletiva de projetos-piloto nessas escolas com ações que unem o uso de tecnologias e as práticas pedagógicas.

As ações têm duração de 18 meses. A ideia é que os modelos destas unidades de ensino possam ser replicados e adaptados às realidades de outras escolas da rede pública no futuro. O trabalho envolve estudantes, professores, servidores, pais e comunidade. O nome do projeto vem de um conceito “macro” de educação inovadora – aquela que inclui o uso de novas tecnologias, sem desprezar as tradicionais, tendo como foco a melhoria da qualidade de vida.

“O Escolas Inovadoras é um marco muito importante para a Secretaria de Educação. Ele nos possibilita cocriarmos quatro caminhos viáveis de transformação para melhoria da qualidade de aprendizagem. A inovação vem para que a experiência escolar dos nossos estudantes e comunidade escolar seja mais significativa, repleta de sentido e conhecimento”, destacou Tamine Cauchioli, da comissão técnica executiva do Escolas Inovadoras da SEEDF.

Voz dos estudantes

No Centro de Ensino Fundamental (CEF) 5, de Taguatinga, está em processo o Projeto Aprender em Comunidade – parceria com o Instituto Educação, Esporte, Cultura e Artes Populares (IECAP). Os estudantes voltaram para as aulas presenciais e logo se depararam com essa possibilidade de diálogo de novos aprendizados por meio do Escolas Inovadoras.

Participantes do projeto contam que se sentiram mais acolhidos ao exporem suas opiniões sobre temas relacionados à tecnologia, vida profissional e saúde mental

“Senti que tenho voz e que as minhas opiniões também importam! Percebi que foi uma oportunidade de debatermos diversos assuntos ligados à tecnologia, sonhos, profissões e saúde mental”, contou Gisele Domingues, do 6º ano.

Projeto Aprender em Comunidade tem como objetivo transformar o participante mostrando caminhos para autonomia que vão de questões simples a temas complexos.  A iniciativa trabalha os tópicos do plano pedagógico da escola, mas também inclui assuntos sobre os quais os jovens querem conversar. Após o período de isolamento da covid-19, um dos pontos que mais surgiu para o debate foi a importância da discussão sobre a saúde mental.

“A gente se sente muito acolhido aqui. Temos a liberdade de conversar com qualquer adulto e fazemos atividades que nos preparam para vida adulta no sentido profissional, social e emocional”, revelou Júlia Fabiana, estudante do 7º ano do CEF 5.

A partir da ação do Escola Inovadoras, a unidade receberá investimentos como mobiliários para a biblioteca, tablets para estimular a pesquisa científica, máquinas para o laboratório de informática, entre outros.

“O DNA do nosso projeto tem essa pegada comunitária, com o princípio democrático. Não viemos com uma ideia totalmente pronta. A ideia é construirmos juntos”, destacou Dário Aguirre, coordenador-geral do Projeto Aprender em Comunidade no CEF 5, de Taguatinga.

“Já temos frutos desse projeto em pouco tempo com estudantes. Os jovens têm necessidade de se expressar e muitos têm boas ideias que podem contribuir no processo de aprendizagem aqui da escola”, afirma Iraildes Alves, vice-diretora do CEF 5.

Outras iniciativas

O Escolas Inovadoras tem outras frentes de trabalho.

◾ Projeto Alpha: é desenvolvido no Centro de Ensino Fundamental 11, de Taguatinga, em parceria com a União Brasileira de Educação Católica. Utiliza os preceitos teóricos da Pedagogia Alpha tais como presença, proximidade e partida com o objetivo de melhorar os índices de permanência e conclusão dos anos finais do ensino fundamental. Por meio desse modelo, os estudantes podem gerar o senso de pertencimento no espaço escolar por parte dos gestores, docentes, funcionários, estudantes e suas famílias.

◾ Projeto Escola Supren: acontece no Centro de Ensino Fundamental 01 do Planalto, em parceria com a União Planetária. A Escola Supren promove meios para desenvolver nos estudantes e na comunidade educacional uma conscientização acerca da sustentabilidade, valorização da diversidade e da cidadania. O modelo escolar é baseado na metodologia SEE Learning (Aprendizado Social-Emocional-Ético), que envolve educação de maneira integrada para a mente e para o coração. O projeto inclui aulas de educação ambiental e ioga para os estudantes.

◾ Projeto Retina: desenvolvido com os alunos, professores e comunidade da Escola Técnica de Ceilândia, em parceria com a Associação de Startups e Empreendedores Digitais do Brasil. A proposta pedagógica do projeto é caracterizada pela sintonia entre os elementos curriculares e as experiências de aprendizagem propostas com tendências avançadas dos audiovisuais (jogos eletrônicos) e educação empreendedora. A ação tem foco na melhoria da qualidade de vida no ambiente escolar e na transformação das realidades sociais.

Com informações da SEE-DF