Projeto Golfinho volta com atividades presenciais
Foto: Cristiano Carvalho (Caesb)
Projeto se adequou, unidades passaram por reforma e voltam a recebe crianças e adolescentes para prática de esportes e atividades pedagógicas.
Com atividades suspensas desde março do ano passado, o Projeto Golfinho, iniciativa de responsabilidade social da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), está retomando seus trabalhos.
O retorno da prática de esportes e oferta de exercícios pedagógicos pelo projeto acontece por conta da volta às aulas nas escolas da rede pública de ensino. A partir deste mês, crianças entre 6 e 15 anos em situação de vulnerabilidade voltam às atividades nos núcleos do projeto.
São dois centros de atendimento, um em Ceilândia e outro no Itapoã. Cada um tem capacidade de atender 120 crianças e adolescentes, duas vezes por semana, no contraturno escolar. Além de realizar as atividades, os participantes ainda recebem lanche, uniforme e transporte.
Para garantir a segurança sanitária dos meninos e meninas e atender as normas de distanciamento social o número de alunos que participam das atividades e os espaços físicos tiveram de ser readequados. Antes da pandemia, mais de 400 (quatrocentas) crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social eram atendidos.
Segundo a Caesb, os locais passaram por reformas que contemplaram pintura e troca de revestimentos e forro. As instalações elétricas, hidrossanitárias e redes de dados e voz foram completamente substituídas. Também foi instalado um novo sistema de iluminação externa, mais eficiente e econômico. Além disso, foi feita a adequação às normas de acessibilidade, incluindo as áreas externas e piscinas, que foram totalmente modernizadas, com a instalação de placas solares para aquecimento da água e equipamentos de cloração automática e controle do pH, devendo ser liberadas para uso em breve.
Para a Gerente de Qualidade de Vida e Responsabilidade Social, Nívia Pedrosa de Oliveira, “trata-se da materialização de um trabalho duro das equipes da Caesb que não mediram esforços para que isso fosse possível. A reabertura dos Núcleos representa muito para as crianças e famílias atendidas pelo Projeto Golfinho, pois as atividades propostas propõem o desenvolvimento físico, a autonomia pessoal e a cidadania, com um retorno à sociedade que não pode ser mensurado”.
Já o Coordenador de Integração e Responsabilidade Social, Luís Eduardo Guedes, vê o Projeto Golfinho como “um programa de toda a Empresa, pois é a visualização concreta da missão da Caesb, que é cuidar de vidas”.
Inciativa
Criado em 2001, o Projeto Golfinho atende crianças e adolescentes, de 6 a 15 anos, da rede pública de ensino do Distrito Federal e que se encontram em situação de vulnerabilidade social (evasão escolar, trabalho infantil, violência doméstica, vitimização, drogas e desestruturação familiar).
As famílias atendidas pelo projeto são de baixa renda e moram em Ceilândia e no Itapoã. O ingresso dos alunos no Golfinho ocorre entre 6 e 10 anos. A seleção é feita por parcerias com escolas públicas que fazem a indicação e o encaminhamento.
Aos participantes são oferecidas atividades pedagógicas (educação sanitária e ambiental, desenvolvimento da escrita, leitura e raciocínio lógico) e práticas esportivas (jogos cooperativos e natação), com o objetivo de promover a integração e autonomia social, disseminação de valores éticos e construção da cidadania.
Doações
Durante a pandemia, as famílias atendidas pelo projeto e outras não ficaram sem suporte. A Caesb arrecadou e doou itens de higiene pessoal como sabonetes e barras de sabão às famílias dos jovens atendidos, para auxiliar no combate ao coronavírus, além de beneficiar outras entidades sociais. Também foram arrecadadas cestas básicas e máscaras, distribuídas aos participantes do projeto. A Companhia fabricou face shields (compostas por viseira transparente – feita com folha de acetato – e suporte para a cabeça produzido em uma impressora 3D na Oficina localizada no SIA) e as doou às equipes de frente no combate à covid-19 de hospitais da rede pública de saúde e entidades de atendimento às pessoas vulneráveis.