domingo, abril 28, 2024
Economia

Recuperação econômica leva pelo menos um ano, dizem brasileiros

Foto: Marcello Casal Jr. – Agência Brasil

Ritmo de vacinação e segunda onda da covid-19 desanimaram população

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou esta semana a terceira edição da pesquisa “Os brasileiros, a pandemia e o consumo”. De acordo com o levantamento, a maioria dos brasileiros não acredita que haverá uma recuperação rápida da economia do país.
Os dados da pesquisa, elaborada pela CNI em parceria com o Instituto FSB Pesquisa, apontam que 71% dos brasileiros entrevistados acreditam que a economia vai levar pelo menos um ano para se recuperar. Foram entrevistadas 2.010, entre 16 e 20 de abril deste ano.
Na pele
Isso pode ser pode ser notado na fala de grandes empresários ou pequenos empreendedores. A microempreendedora Layanne Brito, que trabalha com produção de biscoitos caseiros, acredita que a recuperação da economia vai para além de 2022. “Do jeito que tá, acredito em uma recuperação só daqui a uns 7 anos. As pessoas estão sem dinheiro, o governo também. Além disso tá todo mundo com medo de gastar. Esse trauma vai demorar para passar. As vendas caíram bastante, mas ainda dá pra se manter”, afirma.
No ano passado, 61% as pessoas acreditavam que a retomada econômica levaria mais de um ano.
As motivações da queda na expectativa de recuperação, segundo o estudo, são: o ritmo da vacinação e a segunda onda da covid-19.
Os dados apontam que 83% dos entrevistados consideram o ritmo de vacinação no Brasil lento e 35% das pessoas que ainda não foram imunizadas não têm expectativa de serem vacinadas esse ano. Informações oficiais mostram que apenas 13,2% da população foram vacinadas. Do total de entrevistados pela pesquisa, 9% já tomaram a primeira dose da vacina e 6%, as duas doses.

Solução

Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a aceleração do ritmo da vacinação dos brasileiros contra a covid-19 é condição imprescindível para combate eficaz à pandemia.
“Só a imunização em massa da população contra a doença recolocará o Brasil no caminho da retomada da economia, do dinamismo do mercado consumidor e na rota dos investimentos. Mais importante, a rápida execução do Plano Nacional de Imunização – respeitando a ordem dos grupos prioritários – permitirá que a população brasileira possa, enfim, contar com a proteção contra essa doença que tem trazido enorme custo humano para o país e o mundo”, afirma Robson Braga de Andrade.