terça-feira, outubro 8, 2024
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Rede de esgoto não é para chuvas

Foto: Cristiano Carvalho/Caesb

Em caso de ligações clandestinas, prejuízos podem afetar toda comunidade com transbordamentos

O período de chuvas começou no Distrito Federal. A quantidade e a força da água resultantes das chuvas são estudadas e planejadas para os equipamentos do sistema de águas pluviais. Por isso a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) relembra os cuidados que devem ser tomados com as redes coletoras de esgoto da cidade.

A companhia lembra que toda água das chuvas deve ser direcionada para as galerias de águas pluviais ou ser lançadas em via pública, já que as redes de esgoto têm capacidade de para receber apenas os rejeitos domésticos.

Por lei, o usuário do sistema de saneamento da Caesb é proibido de lançar água de chuva nas tubulações de esgoto, seja ela proveniente de telhados, calhas, bicas, terraços, pátios ou áreas livres. Esse tipo de lançamento é considerado uma ligação irregular por comprometer a rede coletora e causar danos à saúde da população e ao meio ambiente. 

A Caesb explica que quando a quantidade de água ultrapassa a capacidade das tubulações, elas podem romper causando o extravasamento em poços de visita (destinados exclusivamente às equipes de manutenção da Caesb) ou o indesejado retorno do esgoto aos imóveis, seja por meio de vasos sanitários ou ralos. Por isso, nem a rede e nem os poços de visita podem receber lixo ou água pluvial.

A empresa lembra que todo e qualquer resíduo despejado irregularmente na rede pode causar entupimento e a necessidade de atuação das equipes de manutenção. Nesses casos, a Caesb precisa utilizar um caminhão equipado com hidrojato para eliminar os objetos ou materiais que causam o transbordamento das tubulações. 

Durante essas operações a companhia identifica, frequentemente, restos de areia, metais, vidro, madeira, pano, lixo, gordura, asfalto, cera e estopa além de entulho de obra, que causam a obstrução da rede coletora e danificam as estações de tratamento de esgoto. 

Segundo a coordenadora de Fiscalização e Orientação Hidrosanitária da Caesb, Daniele Pereira do Couto Gama, cuidados simples podem ser tomados para evitar danos às redes. “Não devemos descartar óleo de cozinha, papel higiênico, preservativos, cotonetes, ou qualquer outro material sólido nas pias, ralos e vasos sanitários, para evitar que o esgoto e o mau cheiro retornem ao imóvel”, explica.  

De acordo com a Caesb, 91,77% da população é atendida com coleta de esgoto e 100% do esgoto coletado é tratado em 15 Estações de Tratamento de Esgoto no DF e na ETE Águas Lindas, em Goiás.