Redes de drenagem passam por manutenção
Novo sistema de limpeza e desobstrução entrou em operação. Caesb pede ajuda da população
Começaram nesta semana, os trabalhos de limpeza e desobstrução das redes de drenagem por meio da nova tecnologia adquirida pelo Governo do Distrito Federal (GDF). Com o novo equipamento, as operações da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) serão otimizadas, diminuindo tempo e mão de obra.
O local escolhido para a primeira ação do novo equipamento foi a Via Leste, em Ceilândia Sul. Em uma tarde, as equipes da Novacap desobstruíram mil metros de galerias. A atuação, em tempo recorde, só foi possível graças ao reforço de 16 caminhões-pipa adaptados com sistemas para sucção e hidrojateamento de resíduos.
A limpeza e desobstrução é feita com a própria força da água que quebra os materiais descartados irregularmente na rua e foram parar no interior das tubulações, impedindo o fluxo normal da drenagem das águas pluviais.
De acordo com a Novacap, apenas um caminhão tem capacidade para fazer o trabalho que 100 homens fariam manualmente. Além disso, o equipamento possibilita a limpeza integral de 12 minutos.
Rede de esgoto
Com o período de chuvas intensas, a quantidade de água que é jogada no sistema de esgotamento urbano de maneira irregular também interfere na rede e acaba trazendo transtornos tanto para população quanto para a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Por isso a empresa enfatiza a necessidade da participação popular na conservação das redes de esgoto da capital.
A Caesb explica que os sistemas coletores de esgoto foram planejados para receber apenas os resíduos líquidos dos imóveis e enviá-los até às estações de tratamento de esgoto, onde passam por diversos procedimentos até retornar ao meio ambiente de forma segura.
Já os bueiros das ruas recolhem a água das chuvas (águas pluviais) que se acumulam em superfícies e subsolos da cidade e devolvem – sem necessidade de tratamento – para os rios, córregos e lagos. São dois sistemas independentes que não podem ser interligados.
O presidente da Caesb, Luís Antônio Reis, relembra que: “Nosso sistema é projetado para somente transportar os resíduos líquidos. Qualquer material sólido jogado na tubulação, como por exemplo uma tampinha de plástico, provoca o bloqueio do esgoto, impedindo que os resíduos cheguem às estações de tratamento e causando entupimento da rede. Em casos mais graves, as equipes de manutenção precisam utilizar um caminhão equipado com um hidrojato para retirar o lixo descartado nas redes de esgoto”, explicou.
É importante destacar que é proibido lançar a água de chuva recolhida de telhados, calhas, bicas, ou áreas livres, nas tubulações de esgoto. Caso uma tubulação de água da chuva seja ligada de maneira irregular às redes de esgoto, podem acontecer vazamento de esgoto nas ruas, no meio ambiente ou até mesmo voltar para os imóveis através de ralos, vasos sanitários e pias.
Foto: Joel Rodrigues /Agência Brasília