domingo, maio 5, 2024
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Portas abertas para inovação no SCS

Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

Nova lei regulariza empresas instaladas no setor e atraíra novos empreendimentos

Foi sancionada nesta quarta-feira (3), lei que amplia o número de atividades no Setor Comercial Sul (SCS). Normativo é o primeiro passo para que uma das áreas mais tradicionais da economia da capital federal se torne o principal polo de tecnologia e inovação do planalto central.

A transformação do SCS está além da reforma de calçadas, estacionamentos e praças. Em um prazo de 90 dias, projeto de ampliação das atividades do setor foi amplamente discutido na Câmara Legislativa junto com lideranças do setor, empresários e governo. Em seguida, aprovado por unanimidade dos deputados distritais.

A proposta, assinada pela vice-governadora, Celina Leão, foi desenvolvida pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) e permite aproximadamente 300 novas atividades comerciais. 

Celina destacou que o Setor Comercial Sul é parte relevante da história de Brasília e que não poderia continuar em situação de abandono. “O SCS faz parte da história do DF. O abandono daquele local antes do nosso governo representava o abandono do DF. Se você chega em cidades que investem em áreas centrais, elas são áreas de turismo, então temos agora o desafio de dar vida ao SCS, o que faremos mudando a destinação e a ampliação das atividades naquele setor”, disse a vice-governadora.

Muitas empresas instaladas no SCS aguardavam a medida para regularizarem suas situações, é o que explica o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), Marcelo Vaz. “A lei permite mais de 300 novos usos ao Setor Comercial Sul, o que possibilita a regularização das empresas que estão no local e a atração de novas empresas que vão gerar mais emprego, renda e segurança, uma vez que várias atividades são desenvolvidas durante os três turnos do dia, o que gera maior circulação de pedestres e afasta a sensação de insegurança que hoje existe no setor”.

Empresários

Representando os empresário e empreendedores do Setor Comercial Sul, o presidente da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), Fernando Brites, destacou a importância da medida para toda a cadeia produtiva do DF. “Atualmente, encontramos no SCS, nove edifícios completamente desocupados e mais de 1.500 estabelecimentos fechados. Caso estivessem funcionando, apenas estas 1.500 lojas estariam empregando mais de 9.000 pessoas, gerando renda e recursos para o DF”.

Além disso, o presidente da ACDF destacou que a lei tem uma especial relevância para a modernização tecnológica da capital federal. “A sanção desta lei aqui hoje ganha umaespecial relevância, vez que vamos atrair ao SCS novos ramos de atividades como startups, aceleradoras de empresas de alta tecnologia, a exemplo do Parque Tecnológico Piemontês, de Turim – Itália, o 3º maior polo de ciência médica do mundo, com quem a ACDF tem um protocolo assinado e que já está em tratativas para a instalação da primeira empresa do polo no Setor Comercial Sul”, finaliza Brites.

Estrutura

Para receber os novos empreendimentos, o GDF também tem trabalhado na reforma do Setor Comercial Sul. Em todas as quadras do SCS haverá recuperação da pavimentação, reforma das calçadas, escadas e rampas, nova sinalização vertical e horizontal, reorganização dos estacionamentos, paisagismo e mobiliário urbano.

Atualmente, esse serviço está em andamento nas quadras 3, 4 e 5, com investimento de R$ 8,9 milhões. O projeto executivo e o edital para a contratação de empresa responsável pela reforma da Quadra 6 estão em andamento. “As obras são importantes, mas é a mudança das atividades que vão fazer o Setor Comercial Sul voltar a ser ativo e economicamente viável. É o que nós estamos trabalhando”, pontua o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, presente na cerimônia.