terça-feira, outubro 8, 2024
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Quatro em cada 10 brasileiros já caíram em golpes

Foto: Katemangostar/Freepik

Perdas financeiras custaram em média um salário e meio para as vítimas

Um alarmante relatório divulgado pela Serasa Experian, no final do mês de junho, revela que quatro em cada dez brasileiros (42%) já foram vítimas de fraudes financeiras. O “Relatório de Identidade Digital e Fraude 2024”, apresentado na FEBRABAN Tech, destaca que 57% dessas vítimas sofreram perdas financeiras, com uma média de R$ 2.288 –valor equivalente a quase um mês e meio de trabalho para quem ganha um salário mínimo. Além disso, a preocupação das empresas com a recorrência desses golpes aumentou 58% em um ano, reforçando a necessidade de medidas robustas de segurança.

Um dos golpes mais comuns relatados pelos entrevistados foi o uso indevido de cartões de crédito (por terceiros ou cartão falsificado), representando 39% dos casos. Fraudes têm ocorrido com frequência preocupante nos últimos anos: 26% das vítimas relataram que foram enganadas em 2022, enquanto 10% sofreram golpes no primeiro trimestre de 2023, 9% no segundo trimestre e 15% no terceiro. Como resultado, a preocupação com segurança financeira aumentou para 87% dos entrevistados após sofrerem uma fraude, atingindo 91% entre aqueles que perderam dinheiro.

O estudo também destaca perfis específicos mais suscetíveis a fraudes. Brasileiros da classe B são os mais afetados, com 46% relatando terem sido vítimas, em comparação com 35% na classe C. As pessoas com mais de 50 anos aparecem como o grupo etário mais vulnerável, com 48% já enfrentando golpes. Regionalmente, há uma leve maior incidência de fraudes no interior (46%) em relação às capitais e regiões metropolitanas (40%). Caio Rocha, Diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, aponta que criminosos tendem a visar pessoas com maior poder aquisitivo, mas ressalta que nenhum grupo está isento de risco.

Para combater essa crescente ameaça, o relatório enfatiza a importância de utilizar múltiplas camadas de proteção, como biometria facial, verificação de documentos e autenticação multifator. 

As empresas também estão cada vez mais conscientes da necessidade de prevenção contra fraudes, com 68% das grandes empresas priorizando a segurança de suas operações em 2024. Segundo Rocha, “o avanço tecnológico beneficia a todos, mas também abre novas oportunidades para criminosos”. Assim, tanto consumidores quanto empresas devem adotar práticas robustas de segurança para proteger suas transações e dados sensíveis.