DF adere novo programa nacional de alfabetização
Foto: Renato Alves/Agência Brasília
Com o menor índice de analfabetismo do país, o Distrito Federal também participará do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada
Foi lançado nesta segunda-feira (12) o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, programa do governo federal com o objetivo de garantir que 100% das crianças brasileiras estejam alfabetizadas ao final do 2º ano do ensino fundamental. A solenidade ocorreu no Palácio do Planalto e contou com a participação do governador Ibaneis Rocha e a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá.
A iniciativa – detalhada pelo presidente Lula e pelo ministro da Educação, Camilo Santana – tem como foco a alfabetização na idade correta, meta prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), e a recomposição da aprendizagem, prejudicada pela pandemia de covid-19.
O programa chega à capital para reforçar os investimentos na educação pública, que recentemente foi reconhecida como a Unidade da Federação com o menor percentual de pessoas analfabetas de 15 anos ou mais.
O dado foi divulgado, na semana passada, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela pesquisa que revela as taxas de analfabetismo no Brasil.
De acordo com o estudo, em 2022, a capital da República tinha 47 mil pessoas entre 15 anos ou mais iletradas, o que equivale a uma taxa de 1,9% de analfabetos – bem abaixo da registrada no Brasil, de 5,6%, e de Estados em que esse percentual está próximo a 15%. A rede pública de ensino do DF tem cerca de 472 mil estudantes distribuídos em 827 escolas.
Assim como no restante do país, o analfabetismo está associado à idade. Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos. Das 47 mil pessoas nessa condição, 27 mil tinham 60 anos ou mais no momento da pesquisa, o que representa uma taxa de 7,6% para esse grupo etário. Ainda assim, registrou-se uma queda de 1,4% para esse grupo entre 2019 e 2022, mesmo enfrentando uma pandemia a partir de 2020.
Desde 2018, a tem sido observada uma redução nesses índices em todos os grupos etários, de 15 anos ou mais até 60 anos ou mais, revela a Secretaria de Educação do DF.
“O DF tem um índice baixo de analfabetismo, mas é importante ressaltar que a criança tem que ser alfabetizada na idade certa. Um ano que ela sai da escola, que ela evade, já fica com a distorção idade/ano. Isso é ruim porque ela vai levando essa distorção para o resto dos seus dias escolares, então esse é um projeto que a gente quer muito aplicar e quer ver ampliado no país todo”, avalia a secretária Hélvia Paranaguá.
Para o governador Ibaneis Rocha, o retorno de cada centavo investido na educação é incalculável. “A educação transforma a vida das pessoas, ela traz oportunidades e amplia a visão de mundo. Diria que a alfabetização é o pilar do ensino na vida de um aluno, e iniciativas nesse sentido contam com o nosso apoio”, destacou o chefe do Executivo.
Com informações da SEE-DF