sexta-feira, maio 3, 2024
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Prédios públicos serão abastecidos com energia limpa

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Economia aos cofres do governo pode chegar a R$ 1 milhão por ano

O Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou que em breve oitenta prédios públicos passarão por modificações em seus sistemas de abastecimento elétrico. Isso porque os edifícios serão supridos por energia gerada por painéis solares instalados em usina de solo e em telhados de imóveis situados em parques.

A medida faz parte do projeto CITinova, parceria do GDF com o governo federal e com a Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo o governo, foram investidos R$ 4,1 milhões para a construção das quatro unidades públicas de geração de energia limpa.

As usinas foram instaladas no Parque Ecológico de Águas Claras (usina de solo) e nos telhados de edificações dos parques do Cortado (Taguatinga), Ezechias Heringer (Guará) e Dom Bosco (Lago Sul).

A implementação da iniciativa vem de encontro com a Lei distrital nº 6.891/2021, que estabelece prazos e metas progressivas para que todos os prédios da administração pública do Distrito Federal utilizem apenas energia sustentável.

A chefe da Assessoria Estratégica da Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema), Suzzie Valladares, disse que “quando a lei mudou, nós já estávamos atentos à geração distribuída [realizada por fontes renováveis de energia]”.

Entre os edifícios que serão beneficiados com a energia limpa estão as secretarias de Meio Ambiente e Proteção Ambiental (Sema) e de Educação (SEE), a Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB), o Jardim Botânico de Brasília (JBB) e o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do DF (Brasília Ambiental). Assim, serão atendidos 80 prédios públicos, incluindo 10 escolas e 24 unidades de conservação.

Segundo o governo, as obras nas quatro instalações já foram finalizadas. A implantação aguarda a formação de convênio com os órgãos que serão beneficiados, os pareceres jurídicos e a vistoria da Neoenergia.

“Isso é extremamente inovador, porque não existe no Brasil nenhuma usina pública de geração de energia. Aqui nós estamos trabalhando para que tenhamos um instrumento que viabilize esse funcionamento”, destaca o secretário de Meio Ambiente e Proteção Animal, Gutemberg Gomes.

A previsão é que no pico de geração de energia, que acontece no período de seca, os sistemas gerem 109,77 megawatts (MWh). A maior distribuição será da usina fotovoltaica do Parque Ecológico de Águas Claras por conta do local onde foi construída a usina. Área gramada não tem árvores ou inclinações que possam interferir no processo de captação de luz solar.

A estimativa é de R$ 1 milhão de economia aos cofres públicos por ano. “O valor que foi investido será retomado em até quatro ou cinco anos. Além disso, os painéis têm vida útil estimada em 25 anos. Então serão 20 anos de economia para o GDF”, estima Suzzie Valladares.